28/09 – 11h | Teatro Juarez Machado
Eudóxia de Barros se destaca no cenário musical brasileiro sobretudo por ter abandonado uma cômoda e promissora carreira internacional para dedicar-se a levar a música a todos os rincões brasileiros. Suas interpretações vigorosas e cuidadosamente trabalhadas vão de Chiquinha Gonzaga a Osvaldo Lacerda, de Bach a Beethoven e a Chopin. Natural de São Paulo, desde criança, sempre deu especial atenção ao estudo de compositores brasileiros, tomando, como uma missão, influenciar o meio artístico nacional, dizendo: “ainda hei de conseguir que todos toquem a nossa música”. Chegou mesmo a fundar com seu marido e outros compositores, em 1984, o Centro de Música Brasileira, sociedade civil que organiza concertos e concursos. Ainda cedo recebeu este comentário de um dos grandes críticos da época, Antônio Rangel Bandeira, do Correio Paulistano, em 27 de Dezembro de 1961: Com o recital da pianista Eudóxia de Barros, a Sociedade “Pró Música Brasileira” realizou o seu II Sarau. A nova associação vem assim cumprindo à risca o programa que se traçou, de dedicar-se à música brasileira, tendo como lema a afirmação de Mário de Andrade de que “a música brasileira o que carece em principal é do estudo e do amor de seus músicos”. Mário teria ficado feliz com a criação da Sociedade “Pró- Música Brasileira”, ele que tanto se bateu por uma arte brasileira viva, forte e capaz de dar a medida exata e mais evidente da autenticidade da nossa cultura e da nossa formação nacional.
PROGRAMA
- S. Bach (1685 – 1750)
Grande Fantasia e Fuga em Sol menor, BWV 542
- Schumann (1810 – 1856)
Estudos Sinfônicos, Op. 13
- Shostakovich (1906 – 1975) – F. Noack
Valsa nº 2
Osvaldo Lacerda (1927 – 2011)
Brasiliana nº 3: Cururu, Rancheira, Acalanto e Quadrilha
Três Valsas Brasileiras
Fernando Cupertino (1959)
Primeira Valsa
Nilcéia Baroncelli (1945)
Convidativa
Camargo Guarnieri (1907 – 1993)
Valsa nº 9
Ernesto Nazareth (1863 – 1934)
Escorregando (tango)
Fructuoso Vianna (1896 – 1976)
Dança de Negros op. 2 nº 1
September 28, Sunday, 11:00 AM – Teatro Juarez Machado
Eudóxia de Barros stands out in the Brazilian music scene primarily for having left a comfortable and promising international career to dedicate herself to taking music to every corner of Brazil. Her powerful and meticulously crafted performances span from Chiquinha Gonzaga to Osvaldo Lacerda, from Bach to Beethoven and Chopin. Born in São Paulo, she has always paid special attention to the study of Brazilian composers, considering it her mission to influence the national artistic environment. She once said: “I will still succeed in having everyone play our music.” In 1984, she even co-founded the Centro de Música Brasileira with her husband and other composers, a civil society that organizes concerts and competitions.
At an early age, she received the following comment from one of the great critics of the time, Antônio Rangel Bandeira, from Correio Paulistano, on December 27, 1961:
“With the recital of pianist Eudóxia de Barros, the Society 'Pró Música Brasileira' held its II Soirée. The new association is thus faithfully fulfilling its program, dedicating itself to Brazilian music, guided by the belief of Mário de Andrade that 'what Brazilian music needs most is the study and love of its musicians.' Mário would have been pleased with the creation of the 'Pró-Música Brasileira' Society, the very society that fought so hard for a living, strong Brazilian art capable of embodying the authenticity of our culture and national formation.”
Program
- S. Bach (1685 – 1750)
Grande Fantasia e Fuga em Sol menor, BWV 542
- Schumann (1810 – 1856)
Sinfoniestücke, Op. 13
- Shostakovich (1906 – 1975) – F. Noack
Waltz No. 2
Osvaldo Lacerda (1927 – 2011)
Brasiliana No. 3: Cururu, Rancheira, Acalanto, and Quadrilha
Três Valsas Brasileiras
Fernando Cupertino (1959)
Primeira Valsa
Nilcéia Baroncelli (1945)
Convidativa
Camargo Guarnieri (1907 – 1993)
Valsa No. 9
Ernesto Nazareth (1863 – 1934)
Escorregando (Tango)
Fructuoso Vianna (1896 – 1976)
Dança de Negros Op. 2 No. 1